Nossa Criança interna e o dinheiro

As dores de nossa infância, quando não acolhidas e legitimadas, se transformam num drama, criando dificuldades ao/à adulta.
19/10/2021

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Outubro é um mês com muitas comemorações e chamados importantes como: Câncer de Mama, Dia Mundial da Saúde Mental, Dia de Nossa Senhora Aparecida, Dia da Criança.

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Na minha lista de postagens, faltava o Dia do Criança e hoje falarei para a criança interna que habita o adulto que você se tornou.

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Sou uma apaixonada por esta teoria, que aprendi a fundo com minha mentora e supervisora @rosacukier, autora do excelente livro: “Sobrevivência emocional: As dores da infância revividas no drama adulto”, ed. Ágora.

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Nele, a autora nos explica detalhadamente como as dores de nossa infância, quando não acolhidas e legitimadas, se transformam num drama, criando dificuldades ao/ à adulta que nos tornamos bem como ao nosso contexto. E mais, nos impedem de crescer.

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Uma destas muitas dificuldades pode ser em lidar com o dinheiro. Pesquisas internacionais mostram e a prática clínica nos fornece muitos exemplos de pessoas que tiveram privações financeiras na infância e que quando adultas, se tornaram avarentas ou perdulárias.

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Outras, sentiram-se rejeitadas pela família e acabaram “comprando amor” daqueles que a cercam. Outras, desafiadas, partiram na vida para o “tudo ou nada” financeiro, arriscando dinheiro em operações perigosas, ainda que dentro da lei.

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Outras, com transtorno de ansiedade não identificado no passado, sem conseguir controlar desejos e impulsos, nunca foram capazes de parar para cuidar do próprio dinheiro e gastam muito.

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Outras, aflitas pelas brigas e cisões familiares decorrentes da busca pelo poder financeiro, nutriram verdadeira aversão ao dinheiro, que passou a significar violência.

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Outras viram seus pais ou familiares perderem tudo da noite para o dia, outras, presenciaram abusos financeiros...

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Eu ficaria horas aqui listando as dores da criança que internalizou o significado do dinheiro como negativo, resultado de atitudes, crenças e valores que nas relações se constituíram como hostis, destrutivos. E uma vez não acolhidos e cuidados, transformaram-se em disfunções financeiras, como por exemplo: rejeição ao dinheiro, aversão excessiva ao risco, contenção exagerada de gastos, acumulação compulsiva, correr riscos irracionais, comprar compulsivo, jogo patológico, dependência financeira, infidelidade financeira, facilitação financeira, entre outros.

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Diante disto tudo, sugiro aproveitar o mês das crianças para olhar para sua criança interna e relembrar as histórias financeiras vividas, principalmente na família.
E depois, lhe oferecer colo e cuidado, pois tudo que ela mais precisa, é ganhar de presente a legitimação de sua dor para então, se libertar e viver o adulto que de fato um dia sonhou ser.
Feliz mês da sua criança interna.
Com amor, Valéria