Reconheça e cuide de suas dores para também cuidar bem de seu dinheiro

O título deste post pode soar estranho, mas na verdade, tem muito de realidade.
23/06/2022

Sou psicoterapeuta há 30 anos e estudo dinheiro há quase 20. Posso dizer que quando não cuidamos de nossas dores, aqui, as emocionais, nos tornamos mais vulneráveis às pessoas e menos atentas/os aos processos de tomada de decisões.

Vamos reconhecer: viver é bom, mas também desafiador. É uma luta diária para darmos conta de demandas pessoais, profissionais, familiares, sociais, financeiras, físicas, tudo simultaneamente. É um adaptar-se ao diferente, ao novo, ao imprevisível, às frustrações, ao mesmo tempo que festejamos e desfrutamos de conquistas, desde as menores, do cotidiano, até a realização de sonhos.

E tudo isto consome energia psíquica, especialmente quando lidamos com emoções negativas, que criam uma “cortina de fumaça” em nosso processo decisório, dificultando a percepção e análise das situações.

Não conseguimos, por razões emocionais, enxergar e compreender de fato o que acontece dentro e fora de nós. E usamos heurísticas, atalhos mentais, que nem sempre são úteis nas decisões.

Neste processo, colocar limites ao outro, especialmente quando envolve dinheiro, torna-se mais difícil. Este “outro” pode ser um filho, amigo, namorado/ namorada, companheiro (a), marido, esposa, irmão, parentes, colegas e até os próprios pais.

Sistemas de crenças e pertencimento nos mantém leais aos projetos familiares, crenças, idem, ampliando a outros contextos de vida. E se estamos em sofrimento, tudo isto atrapalha a percepção tanto do micro quanto macro contexto.

E o dinheiro, ferramenta e intermediário de tantos processos, acaba sendo usado de maneira equivocada, podendo faltar ou se tornar mais escasso, criando sérios problemas, como endividamento, perda de patrimônio, rupturas.

Para evitar tudo isto, é preciso cuidar de si, olhando-se com verdade e profundidade, reconhecendo o que as dores emocionais contam a seu próprio respeito. Então poderá cuidar de si e consequentemente, de sua renda e bens que conquistou. Justo, não?
Com amor, Valéria.