Você aguenta crescer para ter sucesso financeiro?

19/05/2022

Hoje na supervisão clínica que faço com a @rosacukier, discutíamos um caso no qual a pessoa queria crescer, se desenvolver, mas tinha seus medos, não aguentava ir além do patamar que havia atingido, embora tivesse condições de ir além.

Então na hora fiz uma associação com o uso do dinheiro e sucesso financeiro e vou explicar as razões.

Quando optamos por nos desenvolver, estamos caminhando rumo a uma diferenciação, seja familiar, profissional, social, financeira, conjugal.

É fazer diferente do sistema onde estamos inseridos, deixando para trás crenças e valores, buscando outros, novos, redimensionando espaços e narrativas de vida.

Diferenciar-se, segundo dois grandes nomes da terapia familiar, Murray Bowen e Ivan Boszormenyi-Nagi envolve investir em si mesmo, no seu “eu”, quebrando sistemas de lealdades familiares e também culturais, religiosas, que fazem parte do sistema onde o indivíduo está inserido.

E para isto é necessário ter muita coragem para romper com sistemas que perduram há anos, décadas e até séculos, perpetuados em várias gerações.

Porque aquele que não se diferencia (o sistema), acaba fazendo uma força contrária no intuito do “diferenciado” não mudar ou se arrepender ou pagar dívidas de lealdade, inclusive financeira.

Tais condutas nem sempre são explícitas e se apresentam envoltas em narrativas de cuidado.

No âmbito financeiro, pessoas que atingem sucesso acima da média ou além de seu sistema correm o risco de sentirem-se sozinhas, sem os pares para partilhar suas ideias, experiências, expectativas e aí necessitarão construir outras redes, ressignificar relações, simultaneamente a um olhar para si em termos de competência de vida e acolhimento.

Porque ter sucesso financeiro oferece liberdade de ser e tomar decisões alinhadas com desejos e não necessidades. E como diz Rosiska Darcy de Oliveira: “a liberdade dói, como dói o ar que se respira do alto das montanhas. O único lugar possível de se ver todo o horizonte”.

Olhe-se e não tenha medo de crescer financeiramente.
Com muito amor, Valéria.

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